Filmes

 


12 Filmes em que Negros São Protagonistas

 

1. Middle of Nowhere (2012)
Ava DuVernay

Uma jovem estudante de medicina coloca os sonhos de lado quando seu marido recebe a sentença de oito anos de prisão. Ao conhecer outro homem, inicia-se na vida da protagonista uma jornada de autodescoberta.

 

2. O Último Rei da Escócia(2006)
Kevin Macdonald

O ditador Idi Amin (1923-2003) foi presidente de Uganda entre 1971 e 1979. Sua passagem pelo título foi marcada por autoritarismo, corrupção e violações aos direitos humanos. Aproximadamente 300 mil pessoas morreram no período em que ele governou o país.Forest Whitaker dá vida a Amin no drama britânico O Último Rei da Escócia, que conta a história ficcional de Nicholas (James McAvoy), jovem médico que conhece o governo do ditador dos bastidores após salvar a vida dele.

 

3. Cidade de Deus (2002)
Fernando Meirelles, Kátia Lund

O crescimento e amadurecimento do aspirante a fotógrafo Buscapé (Alexandre Rodrigues) é o ponto de partida para Cidade de Deus mostrar o crescimento do crime organizado no bairro que dá título ao filme. Baseado no romance semi-autobiográfico de Paulo Lins, este clássico do cinema brasileiro narra de modo cru e vertiginoso a realidade da histórica comunidade do Rio de Janeiro.

 

4. Beasts of No Nation (2015)
Cary Joji Fukunaga

Em um vilarejo africano sem nome, o pré-adolescente Agul (Abraham Attah) é separado de sua família por uma violenta guerra civil – na qual ele é soldado. O Comandante do batalhão do pequeno (Idris Elba) obriga Agul a cometer atos violentos, de modo que o pequeno deve deixar sua infância de lado.

 

5. What Happened, Miss Simone? (2015)
Liz Garbus

História de vida, obra e legado de Nina Simone (1933-2003) são explorados neste emocionante documentário. Cantora, compositora, pianista, mãe, esposa, ativista dos direitos dos negros – as facetas de Simone são inúmeras. O filme tem relatos e entrevistas de parentes e amigos, além de imagens até então inéditas da enigmática cantora de soul e jazz.

 

6. Hotel Ruanda (2004)
Terry George

República de Ruanda, 1994. O conflito político entre as populações Tutsi e Hutu se intensifica e ambos entram em histórico confronto, que resulta em um atroz genocídio. Baseado em uma história real, Hotel Ruanda conta como o hoteleiro Paul Rusesabagina (Don Cheadle) participou do episódio ao abrigar, no hotel em que trabalhava, refugiados, vizinhos e órfãos vítimas da batalha.

 

7. Flores de Aço (2012)
Kenny Leon

Este filme é uma releitura atual feita para TV da clássica comédia dramática estrelada por Sally Field e Julia Roberts em 1989 – mas protagonizado, desta vez, apenas por mulheres negras. No interior dos Estados Unidos, amigas de diferentes gerações se reúnem em um salão de beleza, onde compartilham histórias, afeto e apoio.

 

8. God Loves Uganda (2013)
Roger Ross Williams

O documentário acompanha um grupo de jovens evangélicos na primeira viagem internacional missionária feita por eles e entrevista líderes evangélicos dos Estados Unidos e de Uganda para explorar a influência da religião na criação de leis conservadoras no país africano.

 

9. A História de Martin Luther King (1994)
Thomas Friedman

Se você não conhece a história de Martin Luther King, Jr. (1929-1968) e sua importância na conquista dos direitos civis dos negros nas décadas de 1950 e 1960, este documentário vai te ajudar a saber mais a respeito de um dos grandes ícones da luta contra o racismo.

 

10. Music for Mandela (2013)
Jason Bourque

A música teve um importante papel na vida de Nelson Mandela (1918-2013), revolucionário sul-africano que combateu o apartheid em seu país. Além disso, a história do líder político serviu de inspiração a muitos músicos. Music for Mandela mostra isso, além de reforçar a música como meio de libertação.

 

11. O Sol é para Todos (1962)
Robert Mulligan

Baseado no clássico da literatura homônimo escrito por Harper Lee, O Sol É para Todos narra a tocante história de como um advogado branco e pai de família, no interior dos Estados Unidos em plena década de 1930, defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca.

 

12. Histórias Cruzadas (2011)
Tate Taylor

Na década de 1960, enquanto o movimento dos direitos civis fazia os Estados Unidos chacoalharem, a jornalista recém-formada Skeeter (Emma Stone) recorre aos relatos das mulheres negras à sua volta para expôr o ponto de vista delas sobre as famílias brancas e ricas para as quais elas trabalham há gerações como empregadas domésticas. As surpreendentes histórias de Aibileen (Viola Davis) e Minny (Octavia Spencer, em atuação que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante) fazem Skeeter, uma jovem branca, a rever sua posição social privilegiada e tentar entender a vida das negras naquele momento-chave da luta pela igualdade racial.

 


Mulheres Negras no Cinema

 

13. Selma (2014)
Ava DuVernay

O filme retrata a campanha de Martin Luther King para garantir o direito da população negra estadunidense ao sufrágio.(Geledés)
“Cinebiografia do pastor protestante e ativista social Martin Luther King, Jr (David Oyelowo), que acompanha as históricas marchas realizadas por ele e manifestantes pacifistas em 1965, entre a cidade de Selma, no interior do Alabama, até a capital do estado, Montgomery, em busca de direitos eleitorais iguais para a comunidade afro-americana.”

 

14. Night Catches Us (2011)
Tanya Hamilton

O filme narra os rumos que tomaram dois Panteras Negras após o fim do núcleo no qual estavam envolvidos. O recorte da diretora é inusitado, pois trata sobre os conflitos do passado e como eles continuam a reverberar na vida do casal de protagonistas, quais os bastidores das ações dos Panteras Negras e como alguns núcleos foram desmantelados. O filme conta com boas atuações e diálogos.

 

15. American Violet (2008)
Tim Disney

Pra quem acha que a luta da população negra terminou, está muito enganado. Ainda há muitas práticas institucionais de racismo e este filme que conta a história de Dee Roberts demonstra muito bem isso. Jovem, negra e mãe solteira, Dee foi presa por falsas acusações e enfrentou delegado e promotoria para provar sua inocência. A direção retrata esta heroína com respeito e primor, acompanhando-a a todo instante e lhe dando voz através da bela atuação de Nicole Beharie. Ótimo filme pra vermos como os tempos de luta ainda são necessários.

 

16. Mother of George (2013)
Andrew Dosunmu

Atualmente, ouvimos muito falar de capulanas e tecidos africanos, admiramos suas texturas e estampas e, pouco, nos é apresentado sobre as culturas produtoras destes materiais. O filme “Mother of George” do diretor nigeriano Andrew Dosunmu narra a história de um casal nigeriano que vive em Nova York. Nos apresenta a cultura, as relações familiares e as pressões enfrentadas pelas mulheres desta etnia. O filme possui uma bela direção de arte com a riqueza de combinações de texturas combinada a uma bela fotografia da pele negra. A atuação dos atores é sensível com a delicadeza do trabalhos dos olhares em contraponto às palavras.

 

17. Indomável Sonhadora (2012)
Benh Zeitlin

Este filme é um dos melhores do gênero. Vemos o mundo através dos olhos da pequena heroína Hushpuppy (Qunvenzhané Wallis). Vemos a tragédia, a esperança, o amor e o desamor; e ao final sonhamos por um mundo onde todos tenham os mesmos direitos garantidos. O diretor do filme, Benh Zeitlin, decidiu realizar a história após a passagem do furacão Katrina no estado da Lousiana, dando voz às pessoas ali esquecidas. Grande parte da equipe era composta por estudantes de cinema e pessoas da própria região que aprenderam sobre diferentes áreas da produção. Alguns festivais não aceitaram a inscrição do filme por não ter uma equipe de profissionais sindicalizados e, curiosamente, o Oscar aceitou e a pequena Qunvenzhané se tornou a atriz mais jovem a concorrer ao Oscar com nove anos por uma atuação que fez aos seis.

 

18. Falando de Amor (1995)
Forest Whitaker

O tema afetividade e amor estão muito em pauta dentre as mulheres negras. Reivindicamos nosso direito de ser amada, deixar de sermos preteridas e passarmos a ser escolhidas admiradas em nossa força e beleza.  Este filme que entrelaça a história de quatro amigas, nos faz refletir sobre nossos relacionamentos, ao que nos submetemos e ignoramos em busca do amor. Bela produção, mas que ainda me faz questionar porque não podíamos ter uma mulher na direção? Adoro o Forest Withaker, mas sinto falta de uma mulher negra retratando nossas histórias.

 

19. O Julgamento de Viviane Amsalem (2014)
Ronit Elkabetz, Shlomi Elkabetz

Filme muito potente em suas atuações e direção, consegue sintetizar em imagem e som o sentimento de Viviane, uma mulher judia que busca o divórcio perante um fórum composto por rabinos em um estado Israelita onde a mulher só se separa a partir da concessão do homem. Nos sentimos na mesma prisão que a personagem, questionamos estes preceitos seculares que inviabiliza a voz da mulher e a coloca abaixo do homem a todo instante. Belo filme e muito contemporâneo as questões atuais do Brasil sobre o direito das mulheres e a religião.

 

20. Teta Assustada (2009)
Claudia Llosa

Muito difícil falar sobre este filme que coloca em pauta tantos temas: machismo, tradição, cultura, colonização…A diretora Claudia Llosa conseguiu através desta narrativa condensar questões muito delicadas da sociedade peruana e, em muitos pontos, latino americana. Filme para questionar o papel da mulher dentro destas sociedades a falta de voz, o medo. É importante compararmos, também, a direção feminina e a masculina como se dá o espaço das mulheres nesses diferentes gêneros de direção.

 

21. Família Alcântara (2006)
Lilian Solá

O filme conta história da família Alcântara formada por 78 pessoas de etnia bantu (origem da maioria dos africanos escravizados na América), que acreditam descender de povos que foram levados para Minas Gerais em 1760, e postos a trabalhar em plantações. Lilian Solá Santiago foi homenageada em Brasília por ter sido a primeira cineasta negra a ter um filme de média-metragem documental exibido em circuito comercial.

 

22. Mandela: Longo Caminho para a Liberdade
Justin Chadwick

A trama, baseada na autobiografia do ex-presidente publicada em 1994,acompanha a vida de Nelson Mandela desde sua infância até a chegada à presidência da África do Sul. A narrativa apresenta o início do trabalho político dele pela defesa dos direitos humanos e o fim do Apartheid e passeando por seus relacionamentos amorosos, a entrada na CNA e o longo período de 27 anos em que esteve preso na Ilha de Robben.

 


Curtas-metragens

 

23. Cores e Botas
Juliana Vicente

Construção cinematográfica: Juliana se utiliza do desejo para construir a personagem principal. Esse desejo de se tornar paquita é tão real que nós, quanto expectadores acabamos por vivenciar o desejo junto com ela. O Ritmo é bom e não há excesso de planos. No entanto não há aprofundamento das questões raciais, visto que os pais da protagonista são alheios à essas questões a acreditam na meritocracia como meio para realizar seus sonhos sem que haja recortes sociais e étnicos..

 

24. A Boneca e o Silêncio
Carol Rodrigues
O filme tem uma fotográfica delicada e enquadramentos potentes capazes de universalizar o drama de Marcela. Além disso, não há a exposição desnecessária do corpo da protagonista.

 

25. Kbela
Yasmim Tayná
O filme bebe na fonte do cineasta Zózimo Bulbul em especial em Alma no Olho.
Kbela é uma poesia visual, cuja a técnica e estética estão alinhadas à linguagem cinematográfica no sentido de nos aproximar dos dramas das protagonistas. Curiosidade: o curta nasceu de um poema da diretora. O projeto foi concebido por várias mulheres negras e traz como uma das protagonistas, Maria Clara Araújo, uma mulher trans.

 

26. Aquém das Nuvens
Renata Martins
Inspirado no realismo fantástico, o filme se utiliza de trucagens mecânicas, como as nuvens construídas com mantas acrílicas e modeladas com mousse para cabelo. O curta traz em sua ficha técnicas mulheres como cabeças de equipe, isto é, da direção à finalização, assim como, atribuiu o protagonismo à atores negros.

 

27. Cinzas
Larissa Fulana de Tal
Como todo preto favelado,Toni é um universo em crise, e ele não vive um bom dia: ônibus lotado, salário atrasado, exploração no trabalho, descrença nos estudos, falta de grana, contas vencidas, polícia e solidão. As angústias de Toni, semelhantes com as de tantos outros personagens da vida real, são contadas em Cinzas, segundo filme da diretora baiana Larissa Fulana de Tal. O curta foi realizado através do edital curta afirmativo e exibido no festival “Latinidades”, cujo tema de 2015 foi “Mulheres negras no cinema.

 

28. O Dia de Jerusa
Viviane Ferreira
Bixiga, coração de São Paulo. Jerusa, moradora de um sobrado envelhecido pelo tempo, em um dia especial, recebe Silvia, uma pesquisadora de opinião que circula pelo bairro convencendo as pessoas à responderem questionários para uma pesquisa de sabão em pó. No momento em que conhece Silvia, Jerusa a proporciona uma tarde inusitada repleta de memórias, convidando-a a compartilhar momentos de felicidade com uma “desconhecida”. O filme foi exibido na mostra “Short Film Corner”, um espaço profissional dedicado aos encontros, aos intercâmbios e à promoção do filme curto, paralela à mostra competitiva.

 


Filmes Para Debater Escravidão, Resistência Negra e Racismo

 

29. A Cor Púrpura
Steven Spielberg

Este melodrama mostra Celie (Whoopi Goldberg), uma adolescente estuprada pelo pai, que engravida e depois é oferecida a outro homem contra a sua vontade. O filme pretende mostrar as dificuldades da sociedade negra no sul dos Estados Unidos, no início do século XX. Durante trinta anos, o espectador segue a trajetória de Celie, até sua emancipação.

 

30. Faça a Coisa Certa
Spike Lee

Talvez o filme mais complexo sobre a questão racial feito até hoje.
O diretor, que consagrou a maior parte de sua filmografia à sociedade negra norte-americana, coloca nesta história diversas questões morais relativas ao tema: a dependência econômica dos negros pobres aos brancos ricos, a tendência da formação de guetos, a relação entre o racismo e outras formas de preconceito, o uso da violência para revolucionar a sociedade e muito mais.

 

31. A Hora do Show
Spike Lee

Pierre Delacroix (Damon Wayans) um escritor de séries de TV que não aguenta mais a tirania de seu chefe. Sendo o único empregado negro da companhia, Delacroix resolve propôr a ideia mais absurda que conseguira imaginar, um programa de TV estrelado por dois mendigos negros que denunciariam o estereótipo e o preconceito do negro na televisão americana, exatamente no intuito de ser demitido. Mas a surpresa que o programa em questão não apenas se torna realidade como passa a ser um grande sucesso entre o público americano.

 

32. Febre da Selva
Spike Lee

Um arquiteto jovem e bem sucedido se envolve em um caso extra-conjugal com sua secretária. Só que o que já seria complicado pelo fato dele ser casado, se torna ainda mais porque ele é negro e a menina branca, de origem italiana. Quando as famílias dos dois descobrem, a barreira racial entre eles fica clara, e o caso se transforma em uma disputa entre os membros das famílias, além de já ser um escândalo na cidade inteira

 

33. Duelo de Titãs
Boaz Yakin

Herman Boone (Denzel Washington) um técnico de futebol americano contratado para trabalhar no comando de um time universitário dividido pelo racismo, os Titans. Inicialmente, Boone sofre preconceitos raciais por parte dos demais técnicos e até mesmo de jogadores do seu time, mas aos poucos ele conquista o respeito de todos e torna-se um grande exemplo para o time e também para a pequena cidade em que vive.

 

34. Conduzindo Miss Daisy – 1989
Bruce Beresford

Atlanta, 1948; Uma rica judia de 72 anos (Jessica Tandy) joga acidentalmente seu Packard novo em folha no jardim premiado do seu vizinho. O filho (Dan Aykroyd) dela tenta convencê-la de que seria o ideal ela ter um motorista, mas ela resiste a esta idéia. Mesmo assim o filho contrata um afro-americano (Morgan Freeman) como motorista. Inicialmente ela recusa ser conduzida por este novo empregado, mas gradativamente ele quebra as barreiras sociais, culturais e raciais que existem entre eles, crescendo entre os dois uma amizade que atravessaria duas décadas.

 

35. A Outra História Americana – 1998
Tony Kaye

Um dos melhores filmes sobre o tema racial da década de 1990, não poupa o espectador da violência e do ódio ao mostrar os crimes de uma gangue racista de skin heads, formada por integrantes neonazistas, nos Estados Unidos. O filme tem o poder de mostrar como o ódio racial acaba com a vida tanto de agressores quanto de agredidos, e é contundente, principalmente pela mensagem e pela ótima interpretação de Edward Norton

 

36.  Amistad – 1998
Steven Spielberg

Baseado em um evento real, este filme relata a incrível história de um grupo de escravos africanos que se rebela e se apodera do controle do navio que os transporta e tenta retornar à sua terra de origem. Quando o navio, La Amistad, é aprisionado, esses escravos são levados para os Estados Unidos, onde são acusados de assassinato e são jogados em uma prisão à espera do seu destino.Uma empolgante batalha se inicia, o que capta o interesse de toda a nação e confronta os alicerces do sistema judiciário norte-americano. Entretanto, para os homens e mulheres sendo julgados, trata-se simplesmente de uma luta pelos diretos básicos de toda a humanidade: a liberdade.

 

37. A Negação do Brasil – 2001
Joel Zito Araújo

O documentário é uma viagem na história da telenovela no Brasil e particularmente uma análise do papel nelas atribuído aos atores negros, que sempre representam personagens mais estereotipados e negativos. Baseado em suas memórias e em fortes evidências de pesquisas, o diretor aponta as influências das telenovelas nos processos de identidade étnica dos afro-brasileiros e faz um manifesto pela incorporação positiva do negro nas imagens televisivas do país.

 

38. Quanto Vale Ou É Por Quilo? – 2005
Sergio Bianchi

Adaptação livre do diretor Sérgio Bianchi para o conto “Pai contra Mãe”, de Machado de Assis, Quanto Vale ou É Por Quilo? desenha um painel de duas épocas aparentemente distintas, mas, no fundo, semelhantes na manutenção de uma perversa dinâmica sócio-econômica, embalada pela corrupção impune, pela violência e pelas enormes diferenças sociais. No século XVIII, época da escravidão explícita, os capitães do mato caçavam negros para vendê-los aos senhores de terra com um único objetivo: o lucro. Nos dias atuais, o chamado Terceiro Setor explora a miséria, preenchendo a ausência do Estado em atividades assistenciais, que na verdade também são fontes de muito lucro. Com humor afinado e um elenco poucas vezes reunido pelo cinema nacional, Quanto Vale ou É Por Quilo? mostra que o tempo passa e nada muda. O Brasil é um país em permanente crise de valores.

 

39. Agosto Negro – 2007
Samm Styles

A curta vida do ativista condenado George Lester Jackson (Gary Dourdan, da série CSI) se torna o estopim para uma revolução, dando início a mais sangrenta rebelião ocorrida em toda a história do presídio de San Quentin. Agosto Negro narra a jornada espiritual e a violenta fé de Jackson, desde sua condenação por roubar 71 dólares de um posto de gasolina até galvanizar a Família Black Guerrilla com seu incendiário livro, criado a partir de cartas, Soledad Brother, ou espalhar ferocidade nos corredores de San Quentin em um dia de agosto, quando seu irmão mais novo, Jonathan, chocou o país ao fazer refém toda uma corte de justiça na Califórnia, em protesto pelo julgamento de Jackson. Para o militante George Jackson, a revolução não era uma escolha, mas uma necessidade.

 

40. Besouro – 2010
João Daniel Tikhomiroff

Bahia, década de 20. No interior os negros continuavam sendo tratados como escravos, apesar da abolição da escravatura ter ocorrido décadas antes. Entre eles está Manoel (Aílton Carmo), que quando criança foi apresentado à capoeira pelo Mestre Alípio (Macalé). O tutor tentou ensiná-lo não apenas os golpes da capoeira, mas também as virtudes da concentração e da justiça. A escolha pelo nome Besouro foi devido à identificação que Manuel teve com o inseto, que segundo suas características não deveria voar. Ao crescer Besouro recebe a função de defender seu povo, combatendo a opressão e o preconceito existentes.

 

41. Chico Rei
Walter Lima Jr

Conta a história do lendário Chico Rei, que teria vivido em meados do século XVIII em Minas Gerais. Teria nascido no Reino do Congo, batizado como Galanga, onde era um monarca guerreiro e sacerdote do deus Zambi-Apungo. Foi capturado junto com seus súditos por comerciantes portugueses e traficantes de escravos, e enviado para trabalhos forçados na mineração de ouro, em Vila Rica. Escondendo pepitas no corpo e nos cabelos, Galanga compra sua alforria e adquire a mina Encardideira. Associa-se a uma irmandade para ajudar outros negros a comprarem sua liberdade. Chico Rei, teria então fundado em reino, que durou muitos anos, e por seus atos heroicos foi coroado o primeiro Rei Congo no Brasil. Segundo contam, foi autorizado a promover a primeira festa do congado, em homenagem às entidades protetoras dos africanos e de seus descendentes. A lenda do Chico Rei explica, portanto, a origem do congado, e, mesmo que não seja verdadeira, é parte importante de nosso patrimônio cultural.

 

42. Malcolm X – 1992
Spike Lee

Biografia de um dos grandes líderes negros norte-americanos. Denzel Washington interpreta Malcolm X, que teve o pai, que era pastor, morto pela Ku Kux Klan (seita racista surgida nos EUA no final do séc. XIX), a mãe internada por insanidade, e acabou tornando-se um “malandro de rua”. Quando esteve preso, porém, converteu-se ao islamismo e iniciou sua pregação pela igualdade racial. Este filme e a história de Malcon X pode ser debatida em relação à história do grupo Panteras Negras, também retratada pelo cinema algumas vezes, mostrando outra perspectiva na luta contra o racismo e pelos direitos civis dos negros.

 

43. Uma onda no ar
Helvécio Raton.

Um destacamento policial sobe as ruas estreitas de uma favela. Enquanto os traficantes se preparam para a guerra, uma rádio pirata orienta os moradores para se protegerem em suas casas. Mas o objetivo da polícia não é reprimir o tráfico de drogas e sim calar a rádio.

A história da Rádio Favela é o ponto de partida de UMA ONDA NO AR. A rádio surgiu nos anos 80, em uma grande favela de Belo Horizonte. Com uma programação corajosa e uma linguagem espontânea, conquistou um grande número de ouvintes e repercutiu muito além do alcance de suas ondas.

 


Dicas para crianças

 

44. Bino & Fino
Adamu Waziri


Bino e Fino é um desenho animado sobre gêmeos que vivem na África subsaariana. A querida dupla descobre coisas diferentes sobre o mundo, a vida e história através de aventuras mágicas com sua amiga Zeena, a borboleta. O desenho preenche uma lacuna na programação, fornecendo aos pais e professores uma nova possibilidade para ensinar uma educação global que se concentra na África, diversificando seus currículos de aprendizagem.
Este é um desenho produzido na Nigéria e que infelizmente não possui tradução ou legendas em português, mas a importância dele já se mostra exatamente por isso: conhecemos apenas uma versão da história do continente africano.
A escritora nigeriana Chimamanda Adichie fala sobre os perigos da história única, como somos apresentados sobre uma versão dos fatos e criamos esteriótipos perigosos; e este, acredito, é um caso que se repete em desenhos infantis.
O desenho conta a história de dois irmãos que são criados pela avó e é um retrato muito colorido, divertido e inteligente do que [agora] acredito ser a realidade na Nigéria.
Mesmo não sendo em português, é um inglês bem simples e dá para ver com os filhos, já engatando uma tradução simultânea se for necessário.

 

45. Milly e Molly

Este desenho produzido pela Discovery Kids é uma adaptação da obra da neozelandesa Gill Pittar, que tem livros lindos e não poderia ter um desenho de menor qualidade.
É muito, muito raro encontrar desenhos cujo protagonista não seja branco. O erro é em fazer com que crianças vejam desenhos que não condizem com sua realidade. O mundo não possuí só uma cor, uma língua e uma forma de ver as coisas. Essa é a grande importância de buscar desenhos com diversidade e que respeitem isso de forma leal. Este é o caso.
Milly e Molly vivem aventuras, mostram o valor da amizade, discutem assuntos sobre a vivência infantil, quando tantos sentimentos e problemas estão se apresentando pela primeira vez.

 

46. Kiriku e a feiticeira
Michel Ocelot

Kiriku e a Feiticeira. Na África Ocidental, nasce um menino minúsculo, cujo tamanho não alcança nem o joelho de um adulto, que tem um destino: enfrentar a poderosa e malvada feiticeira Karabá, que secou a fonte d’água da aldeia de Kiriku, engoliu todos os homens que foram enfrentá-la e ainda pegou todo o ouro que tinham. Para isso, Kiriku enfrenta muitos perigos e se aventura por lugares onde somente pessoas pequeninas poderiam entrar.

 

46. Kiriku e os animais selvagens
Bénédicte Galup, Michel Ocelot

A nova aventura, dividida em quatro curtas, se passa antes do final do primeiro filme, quando Kirikou já é adulto.Seu pensamento é tão rápido quanto as suas pernas, que percorrem a savana africana levantando poeira por onde passam. Eloquente, ele contesta as decisões dos adultos em sua tribo e assume sozinho a liderança quando a Feiticeira Karabá apronta suas maldades. Entre um triunfo e outro, a tribo comemora cantando uma grudenta canção que vai fazer adultos e crianças saírem do cinema cantarolando alegremente algo que lembra o francês. E como em toda fábula africana, aqui não há espaço para animais humanizados. Os tais “animais selvagens” do título assim o são por todo o filme, sem espaço para maniqueísmos ou recursos disneyescos. A hiena ataca a tribo de Kirikou ao se sentir ameaçada, as abelhas o picam sem dó, e enquanto os “Feitiços” querem esfolá-lo vivo, a girafa só se preocupa em comer. Isso sim é Hakuna Matata.

 

47. Kiriku: Os homens e as mulheres
Michel Ocelot

O Homem Sábio da Montanha Proibida conta histórias do heroico Kiriku, que desde a infância sempre esbanjou coragem, inteligência e agilidade. Vivendo em uma aldeia ao lado de sua mãe, Kiriku era capaz de solucionar qualquer tipo de problema, até mesmo questões envolvendo forças ocultas.

 

48. Khumba
Anthony Silverston

Khumba é uma pequena zebra que nasce com a metade do corpo sem listras. O animal logo sofre o preconceito de todos ao redor, e segundo uma lenda local, o seu nascimento é responsável pela falta de chuva na região. Para tentar remediar este grande problema, Khumba decide partir em uma viagem solitária pela savana africana, para encontrar um lago mágico capaz de restituir as listras que lhe faltam, trazendo de novo a chuva ao seu povo. No caminho, ele encontra outros animais com traumas pessoais e isolados de seu bando, como uma fêmea gnu, um avestruz e um tigre cego de um olho.

 

49. Zarafa
Rémi Bezançon, Jean-Christophe Lie

Sob um baobá, um velho conta às crianças a história da amizade entre Maki, de apenas 10 anos, e Zarafa, uma girafa órfã. O animal foi dado ao rei francês Charles X por Muhammad Ali, do Egito. Em meio a uma longa jornada que vai do Sudão até Paris, Maki e Zarafa vivem diversas aventuras.

 

50. A Princesa e o Sapo
John Musker, Ron Clements

Tiana (Anika Noni Rose) é uma bela jovem que vive em Nova Orleans. Desde criança ela sonha em ter um restaurante próprio, o que faz com que tenha dois empregos e junte o máximo de dinheiro possível. Para conseguir a quantia necessária para que possa enfim alugar o imóvel de seus sonhos, ela aceita trabalhar na festa realizada por Charlotte LaBouff (Jennifer Cody), sua amiga de infância. Charlotte deseja conquistar o príncipe Naveen (Bruno Campos), que acaba de chegar à cidade. Entretanto, um incidente faz com que Tiana troque de roupa e, no quarto de Charlotte, use um de seus vestidos. É quando surge um sapo, anunciando ser um príncipe e pedindo a Tiana que lhe conceda um beijo, para que o feitiço nele aplicado seja quebrado. De início Tiana acha a ideia repugnante, mas aceita ao receber a promessa do príncipe de que conseguirá para ela a quantia necessária para concretizar o aluguel. Só que, ao beijá-lo, ao invés dele se tornar humano novamente, é Tiana quem se transforma em sapo.

 

51. O Rei Leão
Rob Minkoff, Roger Allers

Mufasa (voz de James Earl Jones), o Rei Leão, e a rainha Sarabi (voz de Madge Sinclair) apresentam ao reino o herdeiro do trono, Simba (voz de Matthew Broderick). O recém-nascido recebe a bênção do sábio babuíno Rafiki (voz de Robert Guillaume), mas ao crescer é envolvido nas artimanhas de seu tio Scar (voz de Jeremy Irons), o invejoso e maquiavélico irmão de Mufasa, que planeja livrar-se do sobrinho e herdar o trono.

 

52. Home – Cada uma na sua casa
Tim Johnson

O planeta Terra foi invadido por seres extra-terrestres, os Boov, que estão em busca de um novo planeta para chamar de lar. Eles convivem com os humanos pacificamente, que não sabem de sua existência. Entretanto, um dia a jovem adolescente Tip (Rihanna) encontra o alien Oh (Jim Parsons), que foi banido pelos Boov devido às várias trapalhadas causadas por ele. Os dois logo embarcam em uma aventura onde aprendem bastante sobre as relações intergalácticas.

 

53. As Aventuras de Azur e Asmar
Michel Ocelot

Os meninos Azur e Asmar foram criados juntos pela mesma mulher, Jenane. Azur é loiro e tem olhos azuis, além de ser filho de um nobre. Já Asmar tem olhos e cabelos pretos, sendo filho de Jenane, ama-de-leite que cuida de Azur. Eles cresceram como se fossem irmãos, até serem separados quando Jenane parte com o filho. Asmar cresce ouvindo as histórias da mãe sobre a lendária Fada dos Djins e, quando se torna adulto, decide partir à sua procura, contando com a ajuda do andarilho Crapoux. É quando Azur e Asmar se reencontram, agora não mais como irmãos mas como rivais na busca da Fada.

 

54. Doutora Brinquedos
Disney

“Doutora Brinquedos” conta a história de uma garotinha de seis anos que tem a habilidade de falar com bichinhos de pelúcia e outros bonecos, de quem cuida em sua clínica de brinquedos. Quando a pequena ‘Doutora’ coloca o estetoscópio, algo mágico ocorre: seus bonecos e bichinhos ganham vida e ela pode se comunicar com todos, até com os dos seus amigos e de outras crianças da vizinhança.

 

55.Zambézia
Wayne Thornley

Um jovem e destemido falcão decide deixar o conforto do lar e a sua própria família para procurar Zambezia, a cidade de origem de seus ancestrais.

 

56. Super Why: Princesa Ervilha

Princesa Ervilha (Princesa Pea no original) – Ela é uma menina de descendência bi-racial que usa um vestido de princesa de lavanda e adora dançar. Seus pais são protagonista do conto A Princesa e a Ervilha de Hans Christian Andersen.

 

57. Contos de TINGA TINGA
Justin Chadwick

Contos de Tinga Tinga é uma animação inspirada em contos populares africanos.

 

58. Uma lição de vida (O aluno)
Justin Chadwick

Numa pequena escola fundamental no topo de uma remota montanha no Quênia, centenas de crianças se acotovelam por uma chance de ter a educação gratuita recém-prometida pelo governo do país. Um novo candidato causa rebuliço quando bate na porta da escola. Ele é Maruge (Litondo), um antigo veterano Mau Mau em seus oitenta e poucos anos, que está desesperado para aprender a ler nesse estágio avançado de sua vida.Ele lutou pela libertação de seu país e agora sente que tem o direito de obter a educação que lhe foi negada por tanto tempo — mesmo que isso signifique sentar-se numa sala de aula ao lado de crianças de seis anos de idade.Comovida com seu pedido apaixonado, a diretora Jane Obinchu (Harris) apóia sua luta para se matricular e juntos eles enfrentam a violenta oposição de pais e autoridades que não querem desperdiçar uma vaga de escola preciosa com um homem tão velho.

 

59. Mãos talentosas
Thomas Carter

O filme conta a história de um menino pobre do Detroit. Desmotivado por tirar baixas notas na escola, era motivo de bullying de forma frequente. Incentivado a estudar pela mãe, que voltou a estudar já adulta, Ben Carson torna-se diretor do Centro de Neurologia Pediátrica do Hospital Universitário Johns Hopkins aos 33 anos, em Baltimore, EUA

 

60. Encontrando Forrester
Gus Van Sant

O filme trata sobre a história de Jamal, um adolescente do Bronx que vai estudar em uma escola de elite de Manhattan (EUA), mas continua sofrendo discriminação e preconceito por conta de sua cor. Com a ida, conhece o talentoso escritor William Forrester, que percebe seu talento para a escrita e o incentiva a prosseguir nessa área.

 

61.  Mentes Perigosas
John N. Smith

A professora Louanne Johnson entra em uma escola da periferia norte-americana e é hostilizada pelos alunos. Percebendo que seu método de ensino não está funcionando Louanne passa a se envolver mais com a diversidade cultural de seus estudantes e, assim, percebe melhor as dificuldades que passam.

 

62. Entre os muros da escola
Laurent Cantet

François Marin atua como professor de língua francesa em uma escola de ensino médio, na periferia de Paris, composta por estudantes de diversos países da África, do Oriente Médio e da Ásia. Ele e seus colegas docentes tentam buscar diversas ações para ensinar os estudantes, mas ainda assim encontram dificuldades, dada as condições socioeconômicas em volta da unidade escolar.

 

63. Separados mas iguais
George Stevens Jr

Baseado em fatos reais, Separados, mas iguais narra a disputa entre pais de alunos negros  e juízes do Condado de Claredon, na Carolina do Sul, no início dos anos 1950. Na época, as escolas separavam os alunos brancos, que claramente tinham acesso à educação de maior qualidade e acesso à verba para manter a estrutura das escolas. Um diretor da escola tem o pedido de um ônibus escolar negado e, com o apoio do pai de um de seus alunos, entra com processo contra o Estado, alegando a inconstitucionalidade na existência de escolas diferenciadas para negros e brancos.

 

64.  Sarafina – o som da liberdade
Darrell Roodt

Com Whoopi Goldberg no papel principal, o filme conta a história de uma professora sul-africana que não aceita ver seus estudantes se sentindo diminuídos. Em um processo educativo permanente, ela ensina seus alunos negros a lutarem por seus direitos e compreenderem a sociedade em que vivem, não esquecendo que podem diariamente transformá-la.

 

65. Alguém falou de racismo
Daniel Caetano

O filme mistura trechos documentais e ficcionais para contar a história de um professor que decide provocar seus estudantes a pensarem sobre o preconceito racial e a construção da sociedade brasileira que sistematicamente segregou negros e brancos.

 

66. Vista a minha pele
Joel Zito Araújo & Dandara

O vídeo ficcional-educativo traz em menos de 30 minutos uma paródia sobre como o racismo e o preconceito ainda são encontrados nas salas de aula do Brasil. Invertendo a ordem da história, o vídeo utiliza a ironia para trabalhar o assunto de forma educativa. Nele, negros aparecem como classe dominante e brancos como escravizados e a mídia só apresenta modelos negros como exemplo de beleza.

 

67. Invictus
Clint Eastwood

Recentemente eleito presidente, Nelson Mandela (Morgan Freeman) tinha consciência que a África do Sul continuava sendo um país racista e economicamente dividido, em decorrência do apartheid. A proximidade da Copa do Mundo de Rúgbi, pela primeira vez realizada no país, fez com que Mandela resolvesse usar o esporte para unir a população. Para tanto chama para uma reunião Francois Pienaar (Matt Damon), capitão da equipe sul-africana, e o incentiva para que a seleção nacional seja campeã.

 

68. Mandela – Luta pela liberdade
Bille August

A história real de Nelson Mandela, no período de 20 anos que ficou preso, contada através das memórias de um guarda de prisão racista que teve sua vida completamente alterada pela convivência com o líder da África do Sul.

 

69. Mandela e De Klerk
Joseph Sargent

Na década de 60, sob o regime do Apartheid, Nelson Mandela (Sidney Poitier) e outros políticos sul-africanos foram presos e condenados à prisão perpetua. Quase 30 anos depois entrou em cena o presidente F.W. De Klerk (Michael Caine), que tirou Mandela da prisão, instituiu reformas que acabaram com o apartheid e legalizou o Congresso Nacional Africano. Depois de tudo isso, De Klerk recebeu ao lado de Mandela o prêmio Nobel, por terem juntos criado a transição para uma democracia não racial.

 

70. Winnie Mandela
Darrell James Roodt

Winnie Madkizela-Mandela (Jennifer Hudson) teve uma infância rural e foi criada por um pai eternamente decepcionado por ela não ter nascido menino. Quando grande, ela se casou com o líder político Nelson Mandela, e se juntou a ele no ativismo contra o apartheid, ação que se intensificou depois que ele foi preso. Foi nessa mesma época que ela recusou a oportunidade de estudar nos Estados Unidos, resolvendo lutar pelos direitos na África. Só que lá ela enfrentou abusos dos policiais, um ano de solitária e a traição de amigos e aliados. Além disso, ela passou por um divórcio provocado por traição e pressões políticas e também severas acusações de violência e assassinato.

 

71. Xadrez das cores
Marco Schiavon

O filme O Xadrez das Cores, traz uma história densa, que se desenvolve como um jogo de xadrez. A temática, séria e profunda, fala da descriminação racial, onde o diretor utilizou a imagem para transmitir sua mensagem ao espectador.

 

72. Narciso Rap
Jéferson De

Narciso, um garoto negro de periferia ganha uma lâmpada mágica e pede ao gênio para ser visto branco pelos brancos e negro pelos negros.

 

73. Fala tu
Guilherme Coelho

O filme mostra o cotidiano de três moradores da Zona Norte carioca que, em comum, têm a paixão pelo rap. Durante nove meses, a equipe testemunhou os sonhos, dramas e transformações vividas pelos personagens. Fazendo-se assim uma crônica de um Rio de Janeiro de hoje.

 

74. Cafundó
Paulo Betti e Clóvis Bueno
Cafundó é inspirado em um personagem real saído das senzalas do século XIX. Um tropeiro, ex-escravo deslumbrado com o mundo em transformação e desesperado para viver nele. Este choque leva-o ao fundo do poço. Derrotado ele se abandona aos braços da inspiração, alucina-se, ilumina-se, é capaz de ver Deus. Uma visão em que misturam a magia de suas raízes negras com a glória da civilização judaico-cristã. Sua missão é ajudar o próximo. Ele se crê capaz de curar, e acaba curando.

75. Filhas do vento
José Zito Araújo

Uma lírica história de redenção amorosa entre irmãs, mães e filhas. Reunindo o maior elenco negro da história do cinema brasileiro, o filme aborda temas pertinentes às mulheres de qualquer parte do mundo. Mas, em uma pequena cidade no interior de Minas Gerais, os fantasmas da escravidão e do racismo, acentuam os dramas das personagens de forma sutil e poderosa.