Com a proposta de desenvolver o pensamento lógico por meio da programação de computadores, além de estimular as habilidades sociais, desde 2015 a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Côrrea de Mello, no Parque Dom Pedro II, promove o Curso de Robótica que, ao final do ano letivo, culmina em uma semana inteira dedicada à exposição dos trabalhos criados pelos alunos.
Organizado pelas turmas dos 8ª e 9º anos, quem passa pela Semana de Robótica pode participar de dinâmicas e de demonstrações de robôs. Os alunos assumem o papel de monitores e apresentam projetos de robótica para turmas formadas por estudantes do 1ª a 5º anos. Este ano, o evento ocorreu entre os dias 23 e 27 de outubro.
O professor e coordenador do projeto, Antônio Roberto Carlos, junto com a colaboradora Ângela Fernandes, auxiliaram nos trabalhos feitos ao longo do ano e que culminaram na exposição.
Ao criar a Semana de Robótica, a proposta da escola era introduzir os pequenos estudantes ao mundo robótico, assim como, criar um espaço para os 8ª e 9º anos mostrarem o seu trabalho e principalmente trabalharem a diversidade e a diferença.
“Como os humanos, cada robô tem a sua habilidade. Do mesmo jeito que a gente adora essa essência dos robôs, temos de adorar as essências dos seres humanos. Muitas vezes a gente fica impressionado com coisas que o robô sabe fazer e esquecemos de nós (...). Cada robô tem a sua aparência, cada um tem seu estilo de programa e é a mesma coisa com os seres humanos. As máquinas não são iguais porque a gente teria de ser?”, comentou a aluna do 9º ano, Mariana Lima.
Para o coordenador da Semana, o professor Antônio Roberto, que está à frente deste projeto há sete anos, essa foi uma Semana gratificante e encantadora. “A gente tem uma visão deles (alunos) em sala de aula. Quando chega aqui você os vê organizando, acolhendo os pequenos (alunos menores), comandando, fazendo as atividades, conduzindo, e, é muito gratificante ver o resultado do seu trabalho”, elogiou o docente.
Curso
O curso de Robótica da Emef Corrêa de Melo foi implantado em 2015. A ideia surgiu com a professora da época, Ângela Fernandes, que montou um clube de robótica composto por apenas dois kits de material. Logo em seguida, a gestão da escola abraçou o projeto pedagógico e o ampliou. Hoje, a escola conta com dez kits.
Atualmente, as aulas são oferecidas no contraturno escolar, de segunda-feira, para os 9º anos, e quarta-feira para os 8º anos. As aulas vão além do aprendizado técnico, como pensamento lógico e programação de computadores, mas também estimulam as habilidades sociais, como o trabalho em equipe e o protagonismo.