Campinas recebe apresentações da performance artística “Deforma”, protagonizada pela artista Isadora Ifanger. As intervenções ocorrem nos dias 2 e 3 de novembro, na Sala dos Toninhos e nos dias 9 e 10, no Museu da Imagem e do Som (MIS), sempre com entrada gratuita e sem necessidade de retirada prévia de ingressos. 

 

 

Através do seu próprio corpo e de sua vivência como pessoa ‘def’ (gíria criada pela artista, que é uma pessoa com deficiência, para se referir a si própria e a outras pessoas com deficiência), Isadora Ifanger explora e pesquisa a ancestralidade da pessoa com deficiência. Ela utiliza-se de reflexões internas e coletivas e da necessidade de um resgate e apropriação da ancestralidade de corpos que há muito foram privados e tiveram suas histórias mutiladas. 

 

 

A artista é pesquisadora e doutora em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia, Carolina Teixeira. As apresentações da performance terão audiodescrição incorporada ao texto e narração de Isadora, sob orientação de Estela Lapponi e consultoria em audiodescrição de Ana da Hora. Também haverá tradução em Libras em todas as sessões, realizada por Josie Ananias, e trilha sonora original produzida pela violoncelista Luca D’Alessandro.

 

 

Este projeto foi contemplado e patrocinado pelo Fundo de Investimentos Culturais de Campinas - FICC 2022, pertencente à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

 

 

A construção cênica do espetáculo “Deforma” é fruto de um artigo, de autoria de Isadora, intitulado ‘Tecendo teias e raízes: Entremeios da cultura def’. No artigo, - elaborado no curso de mestrado em Mediação Cultural pela Escola de Ensino Superior de Artes Célia Helena, em parceria com a Escola Itaú Cultural, onde Isadora é bolsista - a artista discorre sobre o conceito da ancestralidade ‘raiz’ e a ancestralidade ‘teia’ - sendo a primeira uma representação da ideia de árvore genealógica, onde a ancestralidade está vinculada a uma ligação sanguínea; e em contraponto a ‘teia’, sendo esta uma ancestralidade que não é necessariamente genética, mas sim cultural de corpos que são rejeitados perante os corpos sem deficiência e que, em algum lugar nessa rejeição, se tornam um grupo à margem que cria sua própria cultura e maneiras de resistir.

 

 

“Na apresentação eu visto um figurino todo em cor da pele e fios vermelhos que representam veias, sangue… e enquanto performo, traço várias linhas vermelhas no espaço, trazendo questionamentos, inquietações e envolvendo o público presente”, relata a artista. “Apresento ali também o nome de pessoas com deficiência que compõem o projeto de alguma maneira, compartilhando experiências”.

 

 

Além da performance também foram feitas, como contrapartidas pelo projeto, colagens de lambe-lambes pela cidade de Campinas com artes e frases que remetem às questões vividas pela população def na sociedade. “Muitas destas manifestações serão vistas também nos espaços de apresentação, queremos oferecer o maior acesso possível a diferentes públicos”, pontua Isadora.

O Bosque dos Italianos e a Biblioteca Infantil Monteiro Lobato receberão no sábado, 28 de  outubro, das 10h às 17h, o “Fabuloso Festival de Histórias de Campinas", um evento que mergulha no mundo da literatura e das histórias infantis. A entrada é gratuita e o festival é voltado para famílias com crianças de até 12 anos.

 

O objetivo do “Fabuloso Festival de Histórias de Campinas" é de construir importantes espaços de encontro e formação de famílias leitoras, despertar o interesse pela literatura e estreitar a relação da criança com os livros. O projeto é produzido pela ONG Quanta Cultura, com o apoio do Clube de Leitura Quindim e o patrocínio do Fundo de Investimentos Culturais de Campinas (FICC) de 2022 da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

 

A programação é intensa e se divide pelos espaços do Bosque e da Biblioteca, localizada dentro do próprio parque.

 

Confira as atrações:

 

Oficina de Carimbos - atividade de livre criação de palavras e textos em experimentação com carimbos de letras de diferentes tamanhos. Das 10h às 17h.

 

 

Varal de Poemas - instalação composta por poemas e palavras bordadas para inspirar a relação com a leitura através da criação artesanal. Das 10h às 17h.

 

 

Piquenique Literário - um espaço lúdico e aconchegante dentro no bosque onde as mediadoras convidarão o público a conhecer e desfrutar dos livros, com a curadoria da educadora e atelierista Amanda Grispino e do Clube de Leitura Quindim. Das 10h às 17h.

 

 

Quebra Cabeça Ilustrado - Letícia Graciano e Thaís Stoklos são duas ilustradoras de livros infantis que criarão ao vivo caixas de papelão com personagens que poderão ser manipulados pelo público, em um divertido quebra cabeça. Das 13h às 15h.

 

 

Maratona de Contos - o anfiteatro do Bosque recebe as contações de histórias:

 

“Histórias para se mexer”, com Márcia Strazzacappa. Com pequenas histórias como "Os três porquinhos" e parlendas, a proposta é contar histórias envolvendo crianças e adultos por meio de objetos e movimentos. Às 11h.

 

“Passaredo”, com a Cia Pé de Terra. Baseada no livro “Mil Pássaros pelos Céus” de Ruth Rocha, faça uma divertida viagem até a pequenina cidade de Passaredo, com muita poesia, trechos de música popular brasileira, efeitos sonoros, materiais cênicos de diferentes tamanhos, texturas e formas, muito contato visual e brincadeira. Às 12h.

 

“Histórias que a Passarinha me contou: episódio Terra”, com Coletivo Passarinha. A Passarinha conta uma de suas viagens em que se depara com a transição entre uma paisagem de diversidade e o deserto. No meio do deserto, encontra um oásis, se delicia com as frutas maravilhosas e logo encontra as responsáveis pelo trabalho de adubar aquele solo: as minhocas. Ás 13h

 

“A História das Histórias”, com Ale Carmani. Conta a jornada do guerreiro Maruã, que vive na primeira floresta que existiu. Demonstrando coragem e sabedoria, ele vai em busca do baú das histórias do mundo, no desejo de dar aos povos da terra a capacidade de ouvir e criar novas histórias. Ás 14h.

 

"O Rabo da Raposa" e "Cordéis que educam e transformam", com Costa Senna. A raposa era o animal mais temido da floresta, pois jamais havia perdido uma aposta. Um dia ela se encontra com outro bicho ainda mais esperto: o gato. A disputa entre os dois é narrada, de forma bem-humorada, neste conto acumulativo retrabalhado por Costa Senna, cordelista e contador de histórias. Os cordéis de Costa Senna, um dos maiores cordelistas do Brasil, abordam com simplicidade e inteligência temas do nosso cotidiano, como participação política, alfabetização, uso consciente dos recursos naturais, entre outros. Às 15h.

Neste sábado, dia 21 de outubro, às 15h30, no Centro Cultural Casarão, será apresentado o espetáculo "OlorumAyé", no qual por meio da contação de histórias africanas, convida o público a refletir sobre a trajetória das pessoas pretas, interagir com a cultura afro-brasileira e se conectar com a ancestralidade. É a quinta apresentação do projeto OlorumAyé - uma história iorubá, contemplado pelo Fundo de Investimentos Culturais de Campinas (FICC 2022), pertencente à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados no local por ordem de chegada.

 

 

 

O espetáculo OlorumAyé foi criado e desenvolvido pelo grupo Oriki, sediado em Campinas. Ele tenta preencher o vazio das histórias de crenças afro-brasileiras não serem contadas com tanta frequência e não serem conhecidas, ao conservar e compartilhar narrativas da cultura Iorubá. 

 

 

O grupo Oriki é formado pela atriz Ayo Bento, o ator Kaê Okano, a bailarina Renata de Oliveira e o músico Nico Villas Bôas, artistas com forte conexão com a espiritualidade afro-brasileira, que se reuniram em torno da ideia de preservar a memória negra no Brasil e promover o aprendizado por meio da oralidade. A produção é de Dandara Lequi.

O Grupo Teatro a Bordo promove na semana do dia das crianças, dias 9 e 10 de outubro, na Praça de Esportes “Emil Rached”, atividades culturais gratuitas do Projeto “Caixola Brincante”. As apresentações serão na rua Nelson Barbosa da Silva, S/N - DIC 6.

 

 

 

Um diferencial dessa atividade, contam os organizadores, é convidar o público para celebrar a cultura do brincar, participando ativamente dos cortejos pela cidade e atividades interativas, com muito movimento e dança, brincando de boi e de ciranda, adivinhando charadas e embarcando no espetáculo de teatro Caixola Brincante onde o jogo teatral será propulsor da socialização, promovendo a participação de todos os presentes.

 

O Projeto Caixola Brincante é realizado pelo Grupo Teatro a Bordo através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Lei Rouanet, apresentado pelo Ministério da Cultura e Instituto CCR, com apoio da CCR AutoBAn e apoio local da Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.