A Prefeitura de Campinas lançou, nesta segunda-feira, 28 de agosto, uma nova edição do Guia de Terminologias sobre Políticas Afirmativas.
O Guia tem como objetivo orientar os servidores sobre o uso correto de terminologias e com isso promover uma comunicação mais inclusiva com os cidadãos que utilizam os serviços públicos.
Com a revisão, foi incluída, por exemplo, a palavra “neurodivergente”, que deve ser utilizada para pessoas que possuem uma configuração neurológica atípica, diferente daquilo que a sociedade considera o padrão. Em especial às diagnosticadas com distúrbios neurológicos ou do neurodesenvolvimento como autistas; pessoas que têm dislexia; dispraxia; transtorno de déficit de atenção; síndrome de Tourette e etc.
Houve, também, a inclusão do termo idadismo, lactante, gay, bissexual, transgênero, intersexo, assexual e retirante; além de termos pejorativos que não devem ser usados, como cabeça chata, pau de arara, boia-fria, nega maluca, meia-tigela e vaca leiteira.
“As alterações foram feitas a partir de sugestões e também de pesquisas feitas pela nossa equipe. O Guia passará por outras alterações a medida que novos termos precisem ser incluídos ou substituídos”, disse Patrícia Quito, da Secretaria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas.
Ainda segundo ela, como o Guia está disponível na internet, as pessoas conseguem consultá-lo em qualquer lugar. “Algumas pessoas optaram por imprimir o Guia, mas muitas utilizam a versão digital, porque é mais simples para fazer a busca e também pela facilidade da pesquisa poder ser feita até pelo celular”, completou.
O Guia foi elaborado pelo Laboratório de Inovação em Gestão de Pessoas - GentILAB - em parceria com o Grupo Intersetorial de Estudos – Políticas Afirmativas, que tem como objetivo propor medidas de inclusão, proteção, reconhecimento e estímulo aos servidores negros, indígenas, mulheres, pessoas com deficiência e LGBTQI+.
O Guia na prática
Alguns servidores já utilizam o Guia em seus locais de trabalho. Um exemplo é a coordenadora do Porta Aberta, Viviane Garcia. “Nós utilizamos o Guia no nosso dia a dia e divulgamos para todos os nossos atendentes. É um material didático, bonito e bem feito, que nos ajuda muito a atender o público diversificado que passa pelos nossos postos de atendimento”, disse.
Ainda segundo a coordenadora, são vários os exemplos de situações em que o Guia foi necessário. “Um dos casos é de uma mulher trans que procurou o nosso atendimento com o nome social, mas no documento ainda constava o nome de registro e ela se sentiu ofendida. Nós analisamos o caso e usamos o Guia para orientar toda a equipe para prestar um atendimento adequado”, completou.
Conteúdo
Guia de Terminologia sobre Políticas Afirmativas traz diversos termos que são usados corretamente e outros que caíram em desuso ou representam preconceito. O conteúdo está agrupado em diversidade, pessoa idosa, igualdade de gênero, migração e igualdade racial.
A publicação também traz um conjunto de símbolos que auxiliam na comunicação visual.