EMEF Virginia Mendes Antunes de Vasconcellos

 


 

RELATO DE EXPERIÊNCIA COM O USO DO INVENTURA NA UNIDADE ESCOLAR 

A EMEF Virgínia Mendes é uma escola localizada às margens da Rodovia Santos Dumont, no Jardim Maria Rosa. Possui apenas 5 turmas de Ensino Fundamental I no período da manhã e 5 turmas de Ensino Fundamental II no período da tarde. A escola desenvolve alguns projetos coordenados pelos próprios professores, tais como: Grêmio Estudantil, Horta na escola, Rodas de conversa sobre Educação Não-Violenta, Grupo de debates sobre combate às Fake News e o Grupo de Estudos de Matemática, entre outros. 

O trabalho com o material do kit Desbravador é desenvolvido na EMEF Virgínia Mendes desde o mês de Setembro nos encontros semanais do Grupo de Estudos de Matemática, coordenado por mim. Os alunos participantes do Grupo de Estudos que receberam os kits são das turmas do sexto, oitavo e nono anos do Ensino Fundamental II. 

O material chegou no ano de 2020 e só tivemos a oportunidade de participar da formação no início deste ano. Com isso, uma das dificuldades foi definir em que momentos as atividades propostas no kit poderiam ser desenvolvidas com os alunos ao longo do ano letivo, uma vez que os projetos já haviam sido enviados e homologados pela SME. 

Os alunos se interessaram e se envolveram muito com as propostas do material desde o primeiro momento e a parte lógica da programação (conexão dos blocos) foi rapidamente assimilada por eles. 

Foi possível trabalhar alguns tópicos das aulas de Matemática como porcentagem e a ideia de variável com as alunas do sexto ano durante uma atividade do livro. Alguns dos alunos tiveram maior facilidade com a parte da programação e conseguiram auxiliar outros e até mesmo fazer desafios fora das atividades propostas no livro, explorando a ideia das diferentes entradas (inputs). 

A lógica de programação e a utilização de jogos nas aulas de Matemática são ferramentas muito importantes no processo de ensino e aprendizagem e podem ser melhor exploradas no próximo ano letivo, bem como a criação de narrativas e as atividades envolvendo circuitos elétricos poderiam ser trabalhadasem caráter interdisciplinar com outras disciplinas, como Língua Portuguesa e Ciências, por exemplo. Assim, o kit desbravador é um material didático muito rico e atrativo. 

Algumas das dificuldades encontradas no trabalho com o material Inventura na Unidade Escolar foram: falta de espaço físico para formação de turmas maiores no contraturno escolar, indisponibilidade dos alunos de frequentarem as atividades extra-curriculares e a dificuldade de se trabalhar sozinha com turmas muito cheias o material Inventura nas aulas de Matemática ou de outra disciplina. Essas dificuldades serão discutidas no planejamento do próximo ano letivo para fomentar o uso do material e atingir uma quantidade maior de alunos. 

O uso da tecnologia na educação deve ser implementado no dia a dia dos nossos alunos e esse deveria ser, inclusive, um dos novos componentes curriculares obrigatórios na rede de ensino de Campinas. Sem isso, todo o esforço e investimento feito ao longo do período do ensino remoto não terá sido válido. Precisamos alfabetizar tecnologicamente os nossos estudantes, essa é a mudança mais significativa que podemos levar como aprendizado da pandemia de Covid-19.

 

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